Máximo Confessor sobre a processão do Espírito Santo

Os da Rainha das cidades [Constantinopla] atacaram a carta sinodal do atual santíssimo Papa (Martin I), não no caso de todos os capítulos que ele escreveu nela, mas apenas no caso de dois deles. Um se relaciona com a teologia, porque diz que ele diz que 'o Espírito Santo procede (ἐκπορεύεσθαι) também do Filho.'

(...) No que diz respeito ao primeiro assunto, eles (os romanos) produziram a evidência documental unânime dos padres latinos, e também de Cirilo de Alexandria, a partir do comentário sagrado que ele compôs sobre o evangelho de São João. Com base nesses textos, eles mostraram que não fizeram do Filho a causa do Espírito - eles sabem de fato que o Pai é a única causa do Filho e do Espírito, um por geração e outro por processão; mas [eles usam essa expressão] para manifestar a vinda do Espírito (προϊέναι) por meio dele e, assim, tornar clara a unidade e a identidade da essência...

Os romanos foram, portanto, acusados ​​de coisas de que é errado acusá-los, enquanto das coisas de que os bizantinos foram acusados ​​com razão (isto é, monotelismo), eles, até hoje, não fizeram nenhuma autodefesa, porque também não se livraram das coisas introduzidas por eles.

(...) Mas, de acordo com seu pedido, pedi aos romanos que traduzissem o que lhes é peculiar de tal forma que quaisquer obscuridades que possam resultar disso sejam evitadas" (Ad Domnum Marinum Cypri presbyterum (Letter to the priest Marinus of Cyprus), PG 91, 134D-136C).