Clemente de Roma sobre a reconciliação do pecador

Portanto, peçamos que nos sejam perdoadas as faltas e ações inspiradas pelo adversário. Os que foram chefes da revolta e da divisão devem considerar o que nos é comum na esperança. (...) É melhor para o homem confessar suas faltas do que endurecer o coração, assim como se endureceu o coração dos que se revoltaram contra Moisés, o servidor de Deus (...).

Irmãos, o Senhor do universo não tem necessidade de nada. Ele não pede nada a ninguém, a não ser que se confesse a Ele. Com efeito, assim diz o eleito Davi: "Confessarei ao Senhor, e isso lhe agradará mais do que um bezerro, ao qual crescem chifres e cascos. Que os pobres vejam isso e se alegrem." E continua: "Oferece a Deus um sacrifício de louvor e cumpre os teus votos ao Altíssimo. Depois, invoca-me no dia da tua atribulação; eu te libertarei e tu me glorificarás", "sacrifício agradável a Deus é o espírito contrito".

(...) Vós que lançastes os fundamentos da revolta, submetei-vos aos presbíteros e deixai-vos corrigir com arrependimento, dobrando os joelhos de vosso coração. Aprendei a submeter-vos, depondo a soberba e a orgulhosa arrogância da vossa língua. É melhor para vós ser encontrados pequenos e dentro do rebanho de Cristo, do que ter aparências de grandeza e ser rejeitados de sua esperança (Epístola aos Coríntios, 51, 52 e 57).