Quando então um presbítero era escolhido para presidir sobre o resto, isso era feito para remediar o cisma e prevenir cada indivíduo de dividir a Igreja de Cristo chamando as pessoas a si. Pois mesmo em Alexandria no tempo de Marcos o Evangelista, até os episcopados de Heraclas e Dionísio, os presbíteros sempre nomeavam como bispo um dentre eles, escolhido por eles mesmos, e colocado em uma posição mais exaltada, assim como um exército elege um general, ou os diáconos apontam um deles que saibam ser diligente para ser arquidiácono. Pois qual função, excetuando a ordenação, pertence ao bispo e não igualmente ao presbítero? (Carta 146).
O Presbítero, portanto, é o mesmo que o Bispo, e até que partidos surgiram na religião pela incitação do demônio, de modo que fosse dito nas comunidades, Eu sou de Paulo, Eu de Apolo, Eu de Cefas, as igrejas eram governadas pelo concílio comum dos sacerdotes. Mas quando cada mestre começou a pensar que aquele que ele batizara era sua propriedade, não de Cristo, foi decretado ao redor do mundo que um dos sacerdotes deveria ser eleito e posto acima dos outros, para que nele ficasse a supervisão geral da Igreja, de modo que as sementes de divisão fossem destruídas... Assim, como os Presbíteros sabem que é pelo costume da Igreja que eles estão abaixo daquele que é colocado acima, assim saibam os Bispos que é por costume - e não pelo arranjo do Senhor - que eles são maiores que os Presbíteros (Comentário a Tito 1:5).