Então foi por esse motivo que Ele disse em primeiro lugar: "Mulher, que tenho eu contigo?" [João 2:4]. E também por outra razão não menos importante. Qual era essa? Era que Seus milagres não fossem suspeitos. O pedido devia ser feito por aqueles que o necessitavam, não por Sua mãe. E por quê? Porque o que é feito a pedido de um amigo, por melhor que seja, frequentemente causa ofensa a quem assiste; mas quando quem necessita é quem faz o pedido, o milagre é livre de suspeita, o louvor sem mistura, o benefício grandioso. (...) Então por essa razão Ele a repreendeu nessa ocasião, dizendo: "Mulher, que tenho eu contigo?", instruindo-a a não repetir isso no futuro; porque, embora Ele fosse cuidadoso em honrar Sua mãe, Ele era ainda mais cuidadoso com a salvação da sua alma, e em fazer o bem a muitos, motivo pelo qual Ele assumiu a carne (Homilia 21 sobre o Evangelho de João).