Gregório de Nazianzo sobre o fogo do inferno

Deixe que esses homens, se quiserem, sigam nosso caminho (que é o caminho de Cristo); mas se não quiserem, deixe que sigam seu próprio caminho. Talvez nele serão batizados com Fogo, naquele último Batismo que é mais doloroso e longo, que devora madeira como palha e consome o resquício de todo mal (Oração 39).

Conheço um fogo purificador que Cristo veio lançar sobre a terra, e Ele mesmo é chamado anagogicamente de Fogo. Esse Fogo tira tudo aquilo que é terreno e mal; e ele deseja acender tudo com rapidez, pois aspira por rapidez em fazer-nos bem, e nos dá brasas de fogo como ajuda. Conheço também um fogo que não é purificador, mas vingador; seja o fogo de Sodoma que Ele derramou sobre todos os pecadores, misturado com enxofre e tempestade, ou aquele preparado para o Diabo e seus anjos, ou aquele que procede da face do Senhor, que queimará seus inimigos de todos os lados; e um ainda mais temível do que esses, o fogo inextinguível que alinha-se ao verme que não morre, mas é eterno para o ímpio. Pois todos esses pertencem ao poder destruidor; embora alguns prefiram, mesmo aqui, adotar uma interpretação mais misericordiosa deste fogo, mais digna Daquele que castiga (Oração 40).