Basílio sobre o modo de receber a comunhão

É bom e benéfico comungar todos os dias, e participar do santo Corpo e Sangue de Cristo. Pois ele disse claramente, 'Aquele que come minha carne e bebe meu sangue tem a vida eterna' [...]. É desnecessário apontar que para qualquer um em tempos de perseguição ser compelido a tomar a comunhão em suas próprias mãos sem a presença do sacerdote ou ministro não é uma ofensa séria, uma vez que o costume sanciona essa prática pelos fatos mesmos. Todos os eremitas do deserto, onde não há sacerdote, tomam a comunhão eles mesmos, mantendo a comunhão em casa. E em Alexandria e no Egito, cada um dos leigos, na maior parte, toma a comunhão, em sua própria casa, e participa dela quando entende conveniente. Pois, uma vez que o sacerdote completou a oferta, e a deu, o beneficiário participando nela em cada tempo integralmente, deve crer que ele a recebe do doador. E mesmo na igreja, quando o sacerdote dá uma porção, o beneficiário a toma com completa possessão sobre ela, e assim a leva ao seus lábios com suas próprias mãos (Epístola 93).