"E, falando ele ainda à multidão, eis que estavam fora sua mãe e seus irmãos, pretendendo falar-lhe. E disse-lhe alguém: Eis que estão ali fora tua mãe e teus irmãos, que querem falar-te. Ele, porém, respondendo, disse ao que lhe falara: Quem é minha mãe? E quem são meus irmãos? E, estendendo a sua mão para os seus discípulos, disse: Eis aqui minha mãe e meus irmãos" [Mateus 12:46-49]
E isso Ele disse, não por estar envergonhado de Sua mãe, nem negando ela que O carregou (pois se Ele estivesse envergonhado dela, não teria passado por seu ventre), mas declarando que ela não tinha vantagem por causa disso, a menos que ela fizesse tudo que era requerido para ser feito. Pois, de fato, o que ela ensaiou fazer foi por vaidade supérflua, uma vez que ela queria mostrar às pessoas que tinha poder e autoridade sobre seu filho, imaginando ainda nada de grandioso a respeito Dele; daí sua abordagem inoportuna. Veja em todos esses eventos tanto a auto-confiança dela e deles. Uma vez que eles deveriam ter entrando e ouvido junto com a multidão; ou, se estavam tão ansiosos, esperado Ele levar seu discurso ao final e então se aproximado; mas eles O chamaram abertamente, diante de todos, evidenciando uma vaidade supérflua, e desejando fazer parecer que O controlavam com muita autoridade. E isso também o evangelista mostra que está reprovando, pois com essa alusão ela se expressa, "falando ele ainda à multidão", como se dissesse, "O que?! Não havia outra oportunidade? Não era possível falar com ele privadamente?".
(...) Portanto fica claro que nada além da vanglória os levou a agir assim, o que também João declara, dizendo, "Nem mesmo seus irmãos criam nele" [João 7:5] (...) Por essa causa Ele os rechaça, estando preocupado em curar sua fraqueza (Homilia 44 em Mateus).
Pois ela [Maria] desejava tanto fazer-lhes um favor quanto tornar-se mais visível por seu Filho; talvez também ela tivesse sentimentos humanos como os dos Seus irmãos, quando disseram-lhe: "Mostre-se ao mundo" [João 17:4], desejando ganhar crédito por Seus milagres. Por isso Ele respondeu com certa veemência, dizendo: "Mulher, que tenho eu contigo? Minha hora ainda não é chegada" [João 2:4] (Homilia 21 em João).
Pois ela [Maria] desejava tanto fazer-lhes um favor quanto tornar-se mais visível por seu Filho; talvez também ela tivesse sentimentos humanos como os dos Seus irmãos, quando disseram-lhe: "Mostre-se ao mundo" [João 17:4], desejando ganhar crédito por Seus milagres. Por isso Ele respondeu com certa veemência, dizendo: "Mulher, que tenho eu contigo? Minha hora ainda não é chegada" [João 2:4] (Homilia 21 em João).